07/03/2019 – 05:00
Por Carla Araújo
Caberá ao vice-presidente Hamilton Mourão uma tentativa de deixar qualquer constrangimento de lado e aprofundar as relações da China com o novo governo brasileiro. Ele está propondo uma data, entre a segunda quinzena de maio e a primeira de junho, para reativar a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban).
O mecanismo de diálogo político, encabeçado pelo vice-presidente brasileiro e pelo vice-primeiro-ministro chinês, reuniuse pela última vez em 2015.
“Vamos montar um cronograma, definir as áreas que consideramos essenciais nesse relacionamento. Nós temos, principalmente, que dar um recado político neste momento, no nosso relacionamento com a China, até porque existe essa guerra comercial entre as duas grandes potências, que são a China e os Estados Unidos, e nós temos que nos posicionar”, disse Mourão ao Valor.
Questionado sobre qual será esse posicionamento, afirmou ainda ser preciso aguardar decisões de Jair Bolsonaro. Agora, nós temos que saber obter o melhor desse processo”, acrescentou.
Já está certo que a próxima reunião do colegiado será na China. A Cosban é composta por 11 subcomissões: política; econômica-comercial; financeira; de inspeção e quarentena; de agricultura; energia e mineração; ciência, tecnologia e inovação; espacial; de indústria e tecnologia da informação; cultural; e educacional.
Em conversa com o Valor, na semana passada, Mourão disse que tem tratado de relações internacionais em conversas com embaixadores e confirmou que está atualmente “focado na questão das relações com a China”.
Um dos chefes de representações diplomáticas com quem o vice já esteve foi o novo embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, que chegou à capital brasileira no fim do ano passado. Yang é um dos diplomatas da China mais experientes nas relações com a América Latina e foi embaixador em Buenos Aires, na Argentina, e em Santiago, no Chile.
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