A inserção dos medicamentes genéricos no mercado brasileiro se deu há 18 anos depois que a legislação federal passou a regulamentá-los no Brasil. De lá para cá, os itens começaram a ganhar tanto espaço no varejo farmacêutico que hoje representam mais da metade das vendas.
De acordo com uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os genéricos e similares lideraram o comércio de medicamentos em 2017. Foram aproximadamente 2,9 bilhões de embalagens comercializadas, representando 65% do total de caixas de medicamentos vendidas no Brasil.
Esses medicamentos foram responsáveis por 72,4% do total de produtos cadastrados pela indústria farmacêutica (4.770 itens). A participação no faturamento global do setor também foi expressiva e alcançou o montante de R$ 23,5 bilhões em produtos comercializados.
Os dados da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) mostram ainda crescimento do segmento em 2018. Só nos seis primeiros meses do ano foram registrados 10% a mais na venda de genéricos em relação ao período anterior, com 676,4 milhões medicamentos vendidos no varejo.
Só nos seis primeiros meses do ano foram registrados 10% a mais na venda de genéricos em relação ao período anterior
Com base nos dados da terceira edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, feito pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a Anvisa destacou que os medicamentos genéricos e similares atingiram grande importância no mercado nacional e, especialmente, passaram a posicionar o país melhor ante nações como os Estados Unidos e Canadá.
As estatísticas, segundo o órgão, também são resultado da eficiência da política pública nacional de acesso a medicamentos, bem como a confiança da população brasileira nessa classe de produtos. A boa representatividade dos genéricos pode ser facilmente percebida nas receitas médicas recebidas pelas farmácias. A presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles, destacou alguns fatores para justificar esse “boom”.
Entre eles está o fato de que os medicamentos são seguros e eficazes custando, em média, 60% menos que os medicamentos de referência. Segundo Salles, a qualidade da legislação dos genéricos também ficou favorável para o setor, é uma das mais modernas em todo o mundo e na mesma sintonia da regulaçãosanitária adotada em mercados como o dos Estados Unidos, Canadá e o europeu.
As categorias de medicamentos são: genéricos, similares, biológicos, específicos e novos. A Anvisa destacou que os medicamentos novos, em termos de quantidade de vendas, ocuparam a terceira posição em 2017, com 905,1 milhões de embalagens comercializadas.
No entanto, esses medicamentos foram os que apresentaram maior faturamento (R$ 26,5 bilhões). O problema é que apesar do crescimento entre o período, houve perdas durante três anos seguidos. Esses itens apresentaram faturamento de 40% em 2015, 39,4% em 2016 e 38,2% em 2017.
Já os medicamentos biológicos venderam 168,1 milhões itens no ano retrasado e, ainda assim, apresentaram o maior crescimento em faturamento, passando de 16% (2015) para 22% (2017) do total de vendas registradas no país.
Com relação aos medicamentos específicos, a quantidade de embalagens comercializadas chegou a 469,6 milhões e gerou o faturamento de R$ 3,9 bilhões.
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RESUMO EM TÓPICOS
• Genéricos no rumo do protagonismo do varejo farmacêutico brasileiro;
• Só nos 6 primeiros meses de 2018 foram registrados 10% a mais na venda de genéricos em relação ao período anterior.
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