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Esta semana pode ser decisiva para a intervenção do Banco Central no mercado de câmbio para conter a rápida e intensa valorização do dólar contra o real na semana passada, especialmente na sexta-feira (17), quando ultrapassou R$ 4,10. Essa alta exponencial tem deixado operadores de mercado em alerta para uma intervenção da autoridade monetária, embora até sexta-feira, a direção do BC tenha se mantido em silêncio. “O BC pode mostrar suas mãos caso o dólar à vista salte para R$ 4,10, R$ 4,20”, disse o Citi em nota a clientes. O banco aponta, contudo, que nem sempre as atuações do BC puseram fim à espiral de alta do dólar.
De acordo com a Reuters, procurado, o Banco Central disse que não comentaria o novo patamar da câmbio, que tornou o real, por mais um dia, a moeda que mais perde valor no mundo. Por volta de 12h50, no último dia 17, o dólar saltava 1,38%, a R$ 4,0931 na venda. Na máxima, foi a R$ 4,1003. Na quinta-feira (16), a cotação já havia subido 1,01%, terminando acima dos R$ 4,00 pela primeira vez desde outubro de 2018. Na semana passada, o dólar acumulou apreciação de 3,77%, a mais forte desde o ganho de 4,85% da semana finda em 24 de agosto do ano passado.
Segundo um profissional da mesa de câmbio de um banco dealer, o BC ainda não tinha feito pesquisa de demanda para swaps cambiais ou leilões de linha nessa instituição, ainda de acordo com a Reuters. Profissionais relataram à agência de notícias que a corrida por dólares é uma resposta à deterioração do sentimento sobre a perspectiva para a agenda de reformas, em meio à falta de articulação do governo com o Congresso Nacional. O exterior mais conturbado, com o acirramento das disputas comerciais entre Estados Unidos e China, corrobora a força do dólar no Brasil.
No entanto, profissionais do mercado chamam atenção para o desempenho mais fraco do real ante seus rivais, o que sugere fatores idiossincráticos como os principais a ditar a disparada do dólar. “A probabilidade de o BC dar suporte ao câmbio parece estar aumentando”, disse Robert Habib, do J.P. Morgan, em nota recente. Na avaliação dele, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem destacado a continuidade da política e, dessa forma, pode agir com swaps cambiais caso o real estenda sua fraqueza ante os pares.
Desde setembro passado, o BC tem apenas rolado contratos de swap cambial de vencimento mais próximo. A última oferta líquida desse derivativo foi no fim de agosto, com venda total de US$ 1,5 bilhão nos leilões. Segundo Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, o mercado tem “testado” a disposição do BC para atuar. Mas considera a atual postura de observação da autoridade monetária a mais acertada. “Não adianta gastar recursos para baixar o dólar a R$ 3,98. Atuar no momento errado poderia ser um tiro no pé e puxar o dólar mais para cima.”
A editora Nova Fronteira lançou neste fim de semana, no Rio de Janeiro, a biografia “Roberto Marinho, o poder está no ar”, do jornalista Leonencio Nossa. É a primeira biografia independente do empresário que criou o império Globo. Todas os capítulos polêmicos da história de Marinho estão retratados no livro, como a adesão do empresário ao golpe de 1964, o apoio à ditadura militar, o contrato da Globo com o Time-Life. O trabalho ainda resgata a relação de Marinho com o Estado Novo e a parceria com Carlos Lacerda em 1954. O livro inicia em 1904, com o nascimento de Marinho, e vai até 1969, quando entra no ar o Jornal Nacional.
O trabalho faz um panorama do Rio de Janeiro do começo do século XX, quando Irineu Marinho, pai de Roberto, cria o jornal A Noite.
Ao herdar na juventude um jornal criado havia 23 dias pelo pai, Roberto Marinho buscou a sobrevivência do negócio que sustentava a mãe viúva e os irmãos menores. Às vésperas da ditadura Vargas, aprendeu a se movimentar num Rio de Janeiro de agentes da repressão, espiões estrangeiros, lobistas, dançarinas de cassinos e compositores dos primeiros sambas. Aos 60 anos, criou a TV Globo sem apoio dos irmãos. Quando levou ao ar o Jornal Nacional, a 1º de setembro de 1969, tinha vivido bem de perto 18 golpes ou tentativas de tomada à força dos palácios do governo. O autor fez pesquisas em uma dezena de arquivos e entrevistou mais de cem pessoas, além, dos últimos adversários do empresário. Nesta quarta (22), a obra será lançada em Brasília.
A Construtora PRG Exclusive de Gramado (RS) é a primeira empresa do ramo na Serra Gaúcha a aceitar bitcoin para compra e venda de imóveis. Trata-se de uma nova proposta de negócio inédita na região que permite utilizar a moeda digital como forma de pagamento em negociações de imóveis. Estamos sempre em busca de novas alternativas de negócios no nosso ramo. Nossa proposta é inovar e oferecer um serviço exclusivo para o nosso cliente, de forma que ele sinta confiança e máxima satisfação ao negociar conosco”, diz o diretor da PRG, Giovani Ghisleni. Fundada em 2011 com o objetivo de mudar a forma de construir e vender imóveis na Serra Gaúcha e região, a construtora já realizou mais de 150.000 m² de obras em Gramado e Canela.
O empresário István Wessel volta ao Brasil muito animado após participar da SIAL China, uma das maiores feiras de alimentação do mundo. Hoje, os chineses consomem apenas seis quilos de carne bovina por ano, muito por conta das gerações mais velhas, habituadas a comer pratos à base de porco e aves. Só que este quadro tende a mudar por causa dos 600 milhões de chineses entre 20 a 40 anos, que são mais afeitos à carne bovina. De acordo com o Rabobank, líder global em serviços de financiamento para alimentação e agricultura, até 2025 a China deve importar 30% do produto, muito acima do 24% atuais. O interesse pelo estande da Wessel na feira, diz István, comprova a tendência.
Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter ficado estagnado ou até levemente negativo no primeiro trimestre deste ano, as 138 empresas distribuidoras de medicamentos e produtos de higiene pessoal e cosméticos venderam, no mesmo período, R$ 1,4 bilhão em medicamentos e não medicamentos, 8% acima de R$ 1,3 bilhão registrados de janeiro a março de 2018. Os dados são da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Só em março, foram comercializadas 92,4 milhões de unidades, que somaram R$ 518,2 milhões em vendas, acréscimo de 4% sobre o mesmo mês de 2018. O destaque foram os genéricos, que representaram 43,4% do faturamento.
Um passo a passo para as empresas elaborarem programas de saúde assistencial e escolherem operadoras de plano de saúde com melhor custo-benefício para o seu negócio está no guia “Orientações Práticas em Saúde Suplementar – Tudo o que o Contratante Precisa Saber”, que será lançado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), Instituto Coalizão Saúde (ICOS) e a biofarmacêutica global AbbVie nesta quinta-feira (23), em São Paulo. O livro, que estará disponível gratuitamente no site dessas instituições, ajudará as empresas a obter mais efetividade na saúde assistencial dos trabalhadores com melhor controle dos custos.
O Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE) e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) recebem Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, dentro da série de encontros o “Brasil que Queremos – Desafios da Sociedade”, nesta quinta-feira (23), no teatro da Fecap, em São Paulo. Alckmin exporá sobre as transformações da sociedade global, os impactos dessas transformações macroeconômicas na sociedade brasileira, os cenários político-econômicos que permeiam a nação e o desafio de se atuar por um novo processo civilizatório. Para a coordenação do PNBE o momento para a conversa é muito apropriado. A disrupção política num ambiente de antagonismo partidário, de supressão de valores sociais e costumes, influenciada ainda por depressão econômica tornam mandatório que se amplie o diálogo para contenção de fissuras que ameaçam o bem-estar.
E por falar em tensões políticas, crescentes conflitos entre as grandes potências mundiais e no cenário doméstico, como a presenciada nas eleições brasileiras, foram apontados como um dos riscos globais mais preocupantes no Global Risks Report, relatório produzido pelo World Economic Forum, em conjunto com a seguradora Zurich. O relatório anual é baseado na Pesquisa de Percepção de Riscos Globais. Foram ouvidos 1.000 entrevistados entre lideranças empresariais, acadêmicas e sociedade civil para traçar um panorama de riscos para o mundo, em termos de probabilidade e impacto. Dos respondentes, 85% projetam um risco maior de confrontos políticos entre grandes potências para 2019, algo que estamos presenciando com a elevação de tom nas discussões comerciais entre EUA e China, e 59% esperam que os riscos associados ao “ódio contra as elites” aumentem neste ano.
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