Fonte: Jornal Indústria e Comércio 12 de abril de 2012
Uma fábrica que está sendo chamada de "Embraer dos fármacos" por ser um empreendimento autenticamente brasileiro e mobilizar um investimento de meio bilhão de reais está no centro de uma disputa entre Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Produtora de biofármacos, a BioNovis conseguiu licença no exterior e irá produzir dois medicamentos de alto valor agregado: o Etanercepte, para artrite reumatoide, e o Rituximabe, para linfoma não Hodgkin - o mesmo tipo de doença diagnosticado na presidente Dilma Rousseff durante sua campanha eleitoral. Para se ter uma ideia, um tratamento com este último medicamento custa mais de R$ 65 mil. A empresa deve gerar cerca de 300 empregos e projeta até 2015 um faturamento em torno de R$ 2 bilhões.
Santa Catarina pretende instalar a planta da nova companhia no Sapiens Parque, e imagina que este será seu diferencial em relação ao Rio de Janeiro por reunir capital humano especializado e também por possuir um laboratório pré-químico para biomedicamentos em fase de conclusão. Este será o primeiro laboratório do tipo no país. "O segmento de biotecnologia é um dos mais promissores no Brasil", aponta Paulo Bornhausen, secretário do desenvolvimento econômico catarinense. Ele acredita que a formação de uma cadeia industrial voltada aos fármacos "tem potencial interna e externamente", tendo em vista que o mercado movimenta US$ 300 bilhões ao ano, e o Brasil padece de um déficit comercial de R$ 12 bilhões na indústria química
Para o oncologista Stephen Stefani, a vinda dos novosmedicamentos favorecerá não apenas a economia catarinense. "Só o fato de se contar com uma alternativa de mercado e não se estar mais dependendo de um único fornecedor proporciona uma redução de até 40% do preço do medicamento", explica. Ele também assinala, no caso da BioNovis, que a fábrica estará investindo em medicamentos que demandam alta tecnologia. "São remédios que não se faz em qualquer farmácia de manipulação", sublinha.
Os R$ 500 milhões que serão investidos para a instalação da fábrica virão do aporte de R$ 300 milhões do BNDESPar e R$ 200 milhões vindos de laboratórios farmacêuticos nacionais, como a SEM, Aché, Hypermarcas e União Química.
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