Em evento na Câmara dos Deputados, diretora da Anvisa disse que a agência tem de ser protagonista no debate sobre inovação
O Observatório Grupo FarmaBrasil e a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo promoveram um debate na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29) para discutir o papel da regulação na política industrial brasileira. Na ocasião, o presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, destacou a importância do diálogo entre o Poder Legislativo e o setor produtivo brasileiro.
“Os parlamentares estão nos ajudando no esforço de fortalecer nossa política industrial, principalmente a farmacêutica que é uma referência de geração de emprego, inovação e desenvolvimento. Demos um salto estrutural nos últimos 25 anos e precisamos continuar avançando”, afirmou Arcuri.
O evento foi realizado no Auditório Freitas Nobre e contou com a presença de representantes da indústria farmacêutica, parlamentares, especialistas e integrantes da Anvisa.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, defendeu a integração entre o Grupo FarmaBrasil e a frente para que o Brasil tenha uma indústria farmacêutica nacional mais “pujante e vigorosa”.
“Este evento não vale só pelo momento em si, mas por aquilo que ele constituirá. Nós não queremos um ponto momentâneo, mas gerar muitos filhotes, que são iniciativas de natureza legislativa, de natureza infralegal, de mobilização e divulgação”, destacou o deputado.
Para Tatiana Ribeiro, diretora-executiva do Movimento Brasil Competitivo, a agenda regulatória é fundamental para reduzir o chamado Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão ao ano às empresas.
“Quando a gente fala da agenda de ambiente jurídico e regulatório, estamos falando de um custo que varia entre R$ 170 bilhões a R$ 210 bilhões anuais. A gente está promovendo esse diálogo muito na ideia de entender onde estão os principais gargalos e quais são as referências importantes para que possamos garantir um ambiente regulatório capaz de fomentar o desenvolvimento e a inovação no país”, destacou.
Para falar sobre o ponto de vista das empresas farmacêuticas nacionais, o evento contou com a presença de Walker Lahmann, diretor-executivo da Eurofarma, uma das 12 associadas do Grupo FarmaBrasil.
Lahmann ressaltou o papel importante que a Lei dos Genéricos e a criação da Anvisa, ambas em 1999, para a consolidação da indústria farmacêutica brasileira. No entanto, para que o setor siga avançando, ele afirma ser necessário que a Anvisa aprimore as políticas da agência voltadas para a inovação.
“Temos que fazer inovação incremental e radical. Temos que aumentar e fazer com mais pujança. Nós já fazemos, mas precisamos avançar com mais vigor e as empresas estão preparadas para isso. Hoje a produção de IFA nacional é de 5%, nós precisamos avançar nisso”, disse.
O aprimoramento da política de inovação da Anvisa foi foco da apresentação de Meiruze Sousa Freitas, diretora da agência. Segundo Meiruze, a agência tem um papel propulsor de promover a inovação, mas é necessário que assuma um papel de protagonista na inovação do país.
“A agência precisa olhar a inovação no Brasil como estratégia de crescimento da própria agência. Talvez a gente precise fazer essa reflexão. Se o país inova, se a gente tem um setor inovando, significa que a nossa agência também tem condições de liderar temas. Sentamos de igual para igual no debate técnico, discutimos essa questão, mas os projetos não são apresentados por nós. Eu acho que temos espaço para apresentar os projetos. A nossa indústria hoje é além-fronteira e a nossa agência precisa liderar movimentos nesse sentido”, afirmou Meiruze.
O Grupo FarmaBrasil é uma associação privada, sem fins lucrativos, dedicada exclusivamente à representação de empresas farmacêuticas de capital nacional, com foco em inovação no setor. Esclarecemos que não comercializamos produtos ou equipamentos de qualquer natureza.
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