Mottin Neto, vice-presidente do grupo Dimed, que tem 300 farmácias no Sul do país e espera faturar R$ 1,7 bi este ano.
O grupo Dimed, controlador da rede de farmácias Panvel, vai investir R$ 220 milhões em cinco anos para acelerar o ritmo de crescimento. O objetivo é passar da média de expansão atual de 12% a 13% ao ano para 15%. O plano inclui a transferência da matriz de Porto Alegre para a cidade vizinha de Eldorado do Sul até o início de 2014, onde no mesmo período também entrará em operação um novo centro de distribuição de medicamentos, além da abertura de 150 lojas e da possível entrada no mercado de São Paulo até 2016.
A Panvel tem hoje 300 pontos de venda no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. "Em algum momento vamos nos dar conta que acabou o espaço [para crescer na região Sul]", disse o vice-presidente do grupo, Júlio Mottin Neto. Ele não fixa prazo para chegar ao mercado paulista, mas admite que o ingresso poderá ocorrer ao longo dos próximos cinco anos. "É o nosso próximo passo", afirma.
Com o programa de investimentos, o grupo quer preparar o caminho para chegar a uma receita bruta de R$ 5,1 bilhões em 2020. Neste ano, a previsão é alcançar R$ 1,7 bilhão, ante R$ 1,5 bilhão em 2011. No primeiro trimestre, a Dimed registrou vendas brutas de R$ 387,8 milhões, 16,5% a mais do que no mesmo período do ano passado, receita líquida de R$ 358,7 milhões (uma alta de 17,4%) e lucro líquido de R$ 10 milhões, com expansão de 23,4%.
Conforme Mottin Neto, a ampliação da rede de farmácias será "sempre orgânica" devido à dificuldade de fazer aquisições no setor, ainda marcado por uma forte informalidade. "Há muito esqueleto no armário", afirma o empresário. O grupo também controla o laboratório Lifar, que produz a maioria dos 500 itens de higiene, beleza e perfumaria vendidos com a marca Panvel, emprega 5 mil pessoas e deve abrir mais 500 vagas com o projeto em Eldorado do Sul.
A construção do novo centro de distribuição e da nova sede administrativa exigirá investimentos de R$ 60 milhões até o fim de 2013, dos quais R$ 35 milhões serão financiados pelo Badesul, agência de fomento do governo gaúcho.
Segundo o diretor administrativo Roberto Coimbra, a Dimed tem baixo grau de endividamento e também poderá buscar outras linhas de crédito para bancar parte do aporte restante até 2016. No fim do primeiro trimestre a dívida líquida consolidada da companhia era de apenas R$ 1,6 milhão.
O novo CD vai substituir uma estrutura que opera hoje em Porto Alegre e terá 15 mil m2 de área construída, disse Coimbra. Só os equipamentos de movimentação de medicamentos, importados da Áustria, custaram R$ 10 milhões. A Dimed abastece 7 mil farmácias do Sul do país e tem outros três centros de distribuição na região.
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