14 Fevereiro 2019 | 22h59
14 Fevereiro 2019 | 22h59
BRASÍLIA – O Brasilcorre o risco de perder o certificado de erradicação do sarampo, obtido há três anos. Sem conseguir controlar a transmissão da doença e com uma baixa cobertura vacinal, o País tem no momento três Estados com surto em curso: Amazonas, Roraima e mais recentemente, o Pará. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, admitiu nesta quinta-feira, 14, haver ainda um risco de casos na Bahia, em virtude do grande fluxo de caminhões nesse período do ano.
Apesar do número expressivo de registros no País, é ainda baixo o porcentual da população imunizada contra a doença. Dados preliminares do Ministério da Saúdeindicam que metade dos municípios não atingiu a meta de cobertura vacinal, que é igual ou superior a 95%.
No Pará, por exemplo, 83,3% dos municípios não atingiram a meta. Em Roraima, foram 73,3% e Amazonas, 50%. “Estamos no precipício”, disse o ministro, ao se referir à cobertura de vacinas em geral no País. Numa reunião com secretários estaduais e municipais de saúde, observou que a situação é reflexo de uma sucessão de fatores.
Obtido há três anos, o certificado é retirado quando é registrada a transmissão da doença durante um ano. A data limite é a próxima segunda-feira, dia 18. A definição do status brasileiro, contudo, somente será conhecida dias depois, com a confirmação da doença. Isso geralmente ocorre num intervalo de até 10 dias. Dentro do Ministério da Saúde, porém, o desfecho é dado como certo.
O primeiro caso de sarampo entre brasileiros ocorreu no dia 19 de fevereiro. Antes dessa data, o País já identificava alguns pacientes doentes – eram imigrantes da Venezuela. Mandetta observou que, se a cobertura vacinal fosse adequada, os casos seriam isolados. Mas não foi o que ocorreu. A doença se expandiu, atingiu 11 Estados, com 10.302 casos confirmados no ano passado. Em 2019, já são três confirmados e 33 em investigação.
O ministro da Saúde ressaltou que a baixa cobertura vacinal não se resume ao sarampo. Lembrou do aumento de casos de difteria na Venezuela, alertou para a baixa cobertura vacinal no País dessa doença. Lembrou também da pólio. Como o Estado publicou, havia em julho pelo menos 312 cidades com alto risco de retorno da pólio no Brasil.
O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Mauro Junqueira, sugeriu que a vacina fosse tornada obrigatória. O ministro, no entanto, tem posição contrária. “Ela já é obrigatória. Não é preciso lei”, completou.
O Ministério planeja realizar uma grande campanha nacional em favor da vacinação. A ideia é aproveitar a campanha contra gripe para chamar a população e fazer uma atualização da caderneta. A ideia é de que esse anúncio seja feito para marcar os cem dias do governo do presidente Jair Bolsonaro.
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