“Construir o futuro é muito mais importante do que simplesmente ficar avaliando o passado, e esse é o nosso desafio no Brasil hoje.”. A fala do presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, mediador do painel 4 do ENAI, sintetiza o centro do debate entre Tatiana Prazeres, professora da Universidade de Negócios Internacionais e Economia de Pequim, e Simon Evenett, pesquisador na University of Saint Gallen, na Suíça.
O painel “Inserção Internacional como Estratégia para a Retomada da Indústria Brasileira” discutiu o cenário do comércio internacional pós-pandemia da Covid-19 e estratégias de inserção da indústria brasileira de forma competitiva nesse cenário. Com duração de uma hora, perpassou assuntos como reformulação de cadeias produtivas de valor, inserção do Brasil em um cenário econômico global dinâmico e competitivo e os desafios de logística em relação às vacinas que estão sendo desenvolvidas.
O debate começou com a Professora Tatiana comentando o papel do Brasil nas cadeias de valor internacionais, cada vez mais dinâmicas e extremamente competitivas. Com o fortalecimento interno e externo da economia asiática, o cenário é desafiador não somente para o Brasil, como EUA e outros, para ocuparem um espaço relevante no comércio internacional. Em seguida, o Professor Simon, a partir de suas análises, mostrou gráficos que projetam o impacto que as reformas comerciais de centenas de países podem gerar no cenário global, e ressaltou à indústria nacional a importância de estudar as novas políticas comerciais de parceiros estratégicos e como elas podem impactar as empresas.
Sobre as perspectivas do Brasil para se mover de uma forma estrutural nesse mundo de profundas transformações econômicas, a Professora Tatiana comentou que ainda é difícil mostrar com clareza qual a tendência da política comercial mundial. Para o Brasil é extremamente importante se inserir de forma mais relevante em redes de acordo, mas sem deixar de trabalhar sua competitividade. Ter uma agenda ambiciosa para política comercial é tão importante quanto uma agenda ambiciosa para a competitividade da indústria nacional. As duas precisam avançar em conjunto.
Para finalizar o painel, os participantes discorreram sobre os caminhos e países chaves que as indústrias brasileiras deveriam concentrar seus esforços para abrir mercados aos seus produtos. Professora Tatiana frisou a importância de um olhar mais atento à China, não como ameaça, mas trazendo uma agenda mais propositiva. Parcerias com o país, tecnológicas principalmente, podem trazer um crescimento positivo para a indústria brasileira. Professor Simon completou sugerindo que a indústria nacional pense em opções de acordos que tragam oportunidades de aumentar sua produtividade.
Nos dias 17 e 18 de novembro empresários industriais, membros do governo e de organizações estratégicas para a indústria nacional participaram do Encontro Nacional da Indústria (ENAI). Foram sete painéis principais e sete palestras paralelas com um tema central: quais os caminhos para que a indústria continue impulsionando o futuro do Brasil.
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